Já é possível viajar sozinho para outro país sem falar a língua do lugar. Não me refiro ao inglês, que se tornou universal. Estou me referindo ao que se fala no local.
– Sim, dirás. – Eu sei. Usas o google tradutor.
É uma saída. Mas hás de convir que é muito lento e na hora de embarcar no aeroporto, podes perder o voo.
Você pode muito bem estar em Santorini, uma ilha grega, que lá chamam de Thira, e no hotel encontras um carregador de malas da Albânia. Com o tradutor no celular, algumas palavras você consegue trocar com o albanês. Maravilha de tecnologia.
Esse serviço do Google, oferecido sem custo financeiro, traduz instantaneamente palavras, frases e páginas da Web do português para mais de cem outros idiomas. Mesmo assim ainda é lento. Mas quebra o galho.
Melhor é falar inglês, pois esta língua é entendida em todos os locais onde transitam turistas no mundo. Você pode não falar muito bem, nem eu, mas as palavras básicas a gente aprende por ai, e, com muitos gestos caras e bocas, típicas de latinos e principalmente latino americanos, você se vira nos trinta.
O que está se falando agora por aí, é que com a IA, inteligência artificial, um brasileiro pode falar por telefone com um javanês, albanês, turco, húngaro, alemão, sei lá mais quem, e a tradução será instantânea. Não precisa de gestos, de expressões faciais, grunhidos, nada disso, a tradução será instantânea e perfeita.
Ou seja, o mundo todo irá se entender. Não haverá mais o obstáculo da língua falada. Bom, eu vou falar palavras que só existem no nosso dicionário. Como saudade, jabuticaba, treco e troços esquisitos assim. Só prá complicar com tal de IA, a qual eu tenho implicância. É uma coisa fria e sem graça.
Eu sou do tempo do “ariri pistola”. E queres saber: vá pentear macaco!
A Torre de Babel, caiu! Não tem mais lógica o desentendimento. Finalmente os seres humanos vão se entender no mundo todo.
Será mesmo verdade isso?