Sou um amador

Faço questão de ser amador em muitas coisas na vida. Aliás, tenho orgulho, eu curto fazer certas coisas que, mesmo sem serem perfeitas, poderiam ser melhores na maioria das vezes. Procuro aprender errando, repetindo até acertar.
A cozinha é um exemplo. Não cozinho bem, mas de vez em quando preparo alguma comidinha. Bem simples e caseira, sem invencionices. Não que eu não aprecie um prato mais elaborado, mas eu, quando faço, é algo muito básico. Um bife acebolado, um carreteiro. Um arroz com ovo frito de gema mole.
Também escrevo uns textos. Crônicas e contos. Nunca apelei para inteligência artificial. Não pretendo usar a IA para essas coisas. Quero sim inventar minhas croniquetas, escrever, errar, corrigir, ler e reler em voz alta, e afinar no “ouvido”. Reescrever tantas-quantas vezes eu achar necessário. É disso que gosto, é isso que me alimenta.
Tenho feito também algumas poesias e versos rimados. Não entendo nada de música, aí mando para algum amigo – são bem poucos – quando acho que vale a pena, para colocar uma melodia. E espero a volta, o resultado com expectativa. Em geral vale a pena.
Tenho conhecidos, amigos inclusive, que apelam para a internet. Mandam letras, propõem um ritmo e o aplicativo devolve uma música, com base, voz, arranjos, etc e diabo a quatro. Já me indicaram. Eu resisto.
Não faço isso e não pretendo fazer. Vou continuar no meu método antigo e tradicional. Ler, escrever, poetar. Aproveitar o momento de inspiração e me comportar como um verdadeiro amador, nada de profissionalismo e obrigações. Fazer por fazer e curtir o momento. Viver!
Não pensar na chegada, no fim da viagem, mas curtir o caminho, o trajeto, as imperfeições, os acertos, “as sacadas”, os “insights”.
Penso que assim sinto prazer. Exercito a criatividade, o momento a ser vivido, sorvido e apreciado.
Bem assim como se sorve um bom mate na madrugada.


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